O Punk Rock, ou o termo Punk Rock, foi banalizado por muitas bandas nesses últimos tempos. Se fossemos filtrar, selecionar e definir realmente como Punk Rock o som de algumas bandas, poucas sobrariam. O termo ‘Punk Rock’ dá uma conotação forte para qualquer banda que queira conquistar um público, no mínimo, mais alternativo, e com isso bandas punks (?) tem se proliferado na mídia.Mas o verdadeiro Punk Rock continua vertendo como nunca em vários cantos do mundo. Infelizmente temos pouco acesso a muita coisa realmente boa, até mesmo no Brasil ainda precisamos de um pouco de esforço para conseguirmos material de bandas que continuam destilando o puro Punk Rock. Nunca os “clássicos” como Ramones, Sex Pistols e Dead Kennedys, só para citar alguns monstros, significaram tanto para quem precisa de apenas alguns acordes para sentir a verdadeira energia que o Punk Rock transmite.Música forte, letras engajadas ou que pelo menos reflitam algo de momento para a geração vigente - essa é a definição mais simples para um Punk Rock de valor. Lógico que nenhuma vertente musical tem realmente uma fórmula ideal, mas cada uma tem suas peculiaridades e o Punk Rock precisa, sendo esse um de seus primeiros ingredientes, de honestidade com aquilo que se começou a ouvir em meados da década de setenta.Se quisermos voltar aos Stooges, MC5, etc., algumas peculiaridades se acentuam, mas a essência é praticamente a mesma. A politização de algumas bandas, dessas que ainda gritam e esbravejam contra o sistema, contra as guerras e contra a mesmice da sociedade, é o que mantém a força do Punk Rock vivo.Para essas bandas, meu respeito e meu agradecimento. E para aqueles que ainda não acreditam que vale a pena usar a música como veículo de transmissão de idéias, de mensagens de contestação, por favor, esqueçam a denominação ‘Punk Rock’. Não se trata de querer defender um rótulo, é apenas querer defender uma verdade, uma simples verdade que impulsiona milhões em todo o planeta. DEIXEM O PUNK ROCK EM PAZ (com seu próprio barulho)!
